sexta-feira, 10 de abril de 2009

Sacerdotisa Sagaz

Na idade em que o paganismo sucumbia à força expressiva da religião, onde os sacerdotes nomeavam bispos para doutrinar os povos. Uma sacerdotisa imponente em seu oráculo, rejeitava veementemente como verdadeira o Deus salvador. Acreditava reinar somente ela no Egito dos fariseus, como se fosse o raio de sol daqueles miseráveis incautos. Dona ela da sabedoria oculta da magia, empunhava cajado vivo ordenando aos súditos guerrear com as forças sacerdotais da nova doutrina. Luta travada em praias desertas. Levantava marola de tombamentos em refração de sangue expirando corpos agora inertes. Depondo-se as armas ao chão como se a batalha houvesse terminado, o que restava de vida não cantavam vitória nem se encontravam na glória. Apenas caos e sangue pintavam a tela branca da praia. No ir e vir das ondas um só lúgubre murmúrio, celebrava o vitorioso. Principiava o inverno, e os mutilados dessa guerra com suas esposas sofridas e sem abrigo, tinham suas esperança em neves derretidas. E se perdiam no rastro da fuga. Refugiados em região montanhosa, empunhavam os novos cajados, e ainda convalescentes, edificavam moradas. Era o recomeço, em cada olhar estampado, da nova vida. Sob a égide de um rei protetor, majestoso em seu trono, ostentava ele uma realeza indelével. Reconhecido de benevolência e justiça, frutificara a vinha. Propondo uma vida fértil e segura nas muralhas do castelo. A longevidade espiritual será o mote da nova vida, no todo e sempre de cada um daqueles que justificadamente fugiram a saga da cruel sacerdotisa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário