sábado, 17 de janeiro de 2009

ALI BÁBÁ E OS 40 LADRÕES

O fato de ter sido o filho único, não quer dizer que tenha sido mimado, pois nunca adormeci com cantigas de ninar ou contos infantis. Falando sério vim a conhecer os três porquinhos, quando já faziam parte da feijoada. Branca de Neve ouvi falar, mas na realidade eu vi sim, minha mãe branca de susto com as contas de água e luz vencidas no final do mês. O Príncepe Encantado, este sim fez parte de minha vida, pelo menos por um tempo, antes de ir-se desta para uma melhor, meu pai. Talvez não tão príncipe, mas encantado sim, e muito, pela empregada. E análisando de forma fria e estratégica percebo que isto não me foi posto por acaso quando criança. Mas para que a realidade de hoje não me golpeasse, tal qual faz o madereiro as arvores com seu machado.Anteviram, pois, que seu filho vivenciaria contos e fantasias infantis, sem que ninguém os lesse. Pasmem se estiver mentindo! Ao certo não sei, mas acho que foi na Arábia, ali existiu o Ali e os quarenta..., aquele que roubava e escondia o produto do golpe, em uma caverna secreta, porque na época não haviam contas no exterior e nem cuecas. Caverna esta fechada por uma grande pedra, que só podia ser mágica, abria sómente com as palavras Abre-te Sesamo. observe na época tambem não tinha um Congresso, não sei o final da historia e fico intrigado eles foram presos? Bem, o tempo passou, e como passou, hoje retornam em cena, sem o Ali é claro, mas são os quarenta, indicados ao Oscar da fraudulência, não faça vista grossa, leia-se indíciados. Quarenta são os indicados, poucos serão indíciados e muito menos serão presos. Não é um conto de fada? Será? Fim.

SINFONIA DA CHUVA

Um clarão risca a noite, ouve-se um estrondo e as luzes se apagam, escuridão total. Todos emudecem. Segundos de silêncio que parecem eternidade. Vagarosamente a chuva vaí caindo, gotas rolam continuamente pelo telhado até arrebentar-se sobre a calçada, ploc plec tlec. Cada gota um pingo cada pingo uma nota. Caí um DÓ aqui, um RÉ ali, caí um MÍ que não ouvi, um FÁ acolá, um SÓL que não tem, um LÁ que não vem, um SÍ sem fim. Gotas que pingam sobre o papelão PLOC, gotas que pingam sobre plástico PLEC, gotas que pingam sobre tábuas TLEC, gotas que sobre baldes pingam PLOC TLEC. Sons altenados e rítmicos formando uma pequena bateria musical de bela melodia, aos encantos dos ouvidos envolvendo coisas do dia a dia. Aquelas gotas preguiçosas agora são mais rápidas e em maior quantidade, aos poucos este musical vaí aumentando, seu barulho já parece superar as grandes baterias. Novos instrumentos somam-se a esta orquestra, as bruscas trovoadas parecem o retumbar de tambores quebrando ligeiramente a melodia. Como se fora um trompete, o vento busca também o seu espaço, uivando por entre as árvores. Uma goteira se desfaz sobre a folha de zinco, como o bater de pratos numa orquestra, em resposta a regência do maestro. A escuridão permanece. Por vezes iluminada pelos relâmpagos que antecedem as trovoadas, como se flash registrassem em fotos o momento. A maestria da natureza torna nossa pequena bateria em uma grande e ordenada orquestra musical, a executar sinfonia indescritível. A platéia mergulhada em sonhos, extasiada dorme. E como tudo começou, findando, a chuva encerra poéticamente seu concerto, para receber os aplausos. E fechando lentamente a cortina do palco da noite, desperta o sol com novas melodias.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Só no ato um só momento Só no momento um só pensamento Só no pensamento uma só lembrança Só na lembrança uma só saudade Só na saudade, só Você!

SAUDADE

Palavra perene de desengano e auto afirmação Ficamos dolente quando nos atinge o coração Se partistes e não sentistes então desistes Pois nada é tão triste, quanto a saudade Saudade que em mim existe

ÍMPETO MISTO

Um sorriso inicial Um olhar ao dançar Na simpátia e afeição Nasce a compreenção Amizada formada Uma namorada Um meio beijo Desperta os desejos Paixão e atração Unem dois corações Momentos de tensão Vivem as emoções Misto de mêdos e indecisões Ganha o desejo perde a razão Quebrado o encanto Perdem-se no canto Corpos se unem Em silêncio unico Abraços e beijos Saciam o desejo Finda só em pensamento Haverá um novamente

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

ENAMORADO

Uma rosa um botão Lançada ao coração Enlaça enamorado O olhar de sua amada Enaltece sem ter pressa Esse timido começo Sabendo por esperar Quem quer e sabe amar Nesse dia não marcado Há um eterno namorado

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

MISSÃO FINAL

Sopra o vento em prece Partistes tão depressa Sua bagagem sem cor Leva flores incolor Partes e deixa amando Filhos seus hoje chorando Na vida esvaziada Deixa também sua amada Finda a grande jornada Da vida prá eternidade

domingo, 11 de janeiro de 2009

BATALHA

Trava a luta cruel Lança no corpo o fel Deglatiando com angustia Por esse amor ser injusto Busca aliviar a morte Tenta a conquista na sorte Faz-se sentir um amante Em seu olhar fulminante Amar é para sempre Odiar nem sempre Resta a batalha final Vence o bem não vence o mal

FERIDA FATAL

Vertiginiosa e certa Parte louca a flecha Lançada pelo inimigo Descobre o peito amigo Ferido em grande dor Pela angustia do amor Prostado em terra atira O seu último suspiro Partindo prá eternidade Sem ter a sua amada