quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

LINHA VERDE

LINHA VERDE

Sofrego transita o guacho

Das matas poeiras e riacho
Em incolume continência
Do ventre sente ausência

Entre tudo que transcende
O progresso se acende
Rio de asfalto em estrada
Tubos pontos e paradas

Do transeunte inocente
Versa a linha corrente
O coletivo que arrasta
Sufoca-lhe a fumaça

Dos riachos e das matas
Nada mais ele abraça
Só fuligem e fumaça
De trabalho o cansaço

VIAJOR

Sobre livros sentimos cores /
              que devoram o pensamento /
                        em poemas escritos / 
                                contamos nossas vidas /
                                           sem que ninguém saiba...

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

TEMPO


....não tenho como segurar o tempo.
 Nem o passado que me aborrece, nem o futuro que é incerto. 
Então não digas que esqueceu-se de mim ontem, 
não fales que lembrarás de mim amanhã, 
simplesmente me curta neste momento.
O presente é o suficiente!


domingo, 16 de dezembro de 2012

VIDA SELVAGEM

Neste corpo sedento
Emaranhados de cipós
Vestem complacente
A selva irreverente

Mergulha afundas raízes

Onde ciscam as perdizes
Sugando o alimento
A deusa sobre vivência

Garras ensandecidas

Riscam troncos adormecidos
Em caricias feudais
A seiva corre-lhe o dorso

Farfalhando suas folhas

Um pedido de socorro
Ao som de grilos e pirilampos
Desperta a mata em prantos.

Luarada


Alva e desbotada 
lua

Surge a tarde no horizonte

Enlaça a face amada

A paixão dos amantes

Foges ao amanhecer

MUTANTE


  • A incerteza que bate vã
  • A porta do coração
  • Haverá de transformar-se
  • As margens de um  riacho
  • Em cultivo de esperança

MUDANÇA

SOFREGO TRANSITA O CABOCLO
DO VENTRE SENTE AUSÊNCIA
SENTE O CHEIRO DO ÓLEO
SUFOCA-LHE A FUMAÇA
SEM MATAS POEIRA E RIACHO
ISSO É VIVER NA CIDADE