quarta-feira, 30 de novembro de 2016

AMOR PLATONICO

Muito mais que uma paixão. Ele havia descoberto o amor.
Agora, quanto questionamento, porque em derradeira vida?
Sorrateiro como um ladrão, este sentimento penetrou ao fundo, vindo fermentar seu coração.
Os pensamentos incertos mas constantes de Marli, ministram diariamente uma dose de alegria e ao mesmo tempo inconfundível tristeza, ao extrovertido Anacleto.
Provido de um carisma radiante, brincalhão e simpático, aparenta bem menos a sua idade real. E talvez essa jovialidade o tenha levado a enamora-se de Marli.
Furtivamente relembra quando à conheceu. Seu olhar sincero e penetrante o envolveu de tal forma que quase o paralisou. Naquele breve instante, viajou pelo rosado facial de sua amada, observando o contorno de seus olhos azuis e dos seus lábios pequenos, partia um leve sorriso em sua direção.
Não recorda se houve troca de palavras, mas nitidamente sabe o quanto seu coração acelerou e até hoje não consegue mais freá-lo.
No início pouco à via, devido circunstancias desfavoráveis. Mas no decorrer dos anos à aproximação tornou-se inevitável.
Marli, é uma jovem senhora, casada, tem duas filhas ainda pequenas e nem imagina que Anacleto por ela se apaixonou.
A cada dia que passa, Ancleto sente o pulsar mais forte desse amor. Um frio, como uma onda do mar, se instala em sua barriga, emergindo uma bolha de ar que só finda em sua garganta estancando a sua voz, e seu corpo todo treme, quando à vê.
Vive uma paixão intermitente. E como um adolescente colegial, vai cantando esse amor em versos e poemas na ponta da caneta que no papel descansa.

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